São Miguel - A ilha verde.
Efectivamente, a ilha de São Miguel faz jus a este cognome; as várias tonalidades de verde dominam, de todo, a paisagem. Com um comprimento de cerca de 65 kms e uma largura máxima de 15 kms, é a maior ilha do arquipélago.
LAGOA DAS SETE CIDADES
No primeiro dia, fomos para oeste, em direcção à lagoa das sete cidades. O percurso foi, desde logo, a subir e por uma estrada interior. Ao longo da estrada do Pico do Carvão, pode-se, simplesmente, parar e apreciar a paisagem…
Neste ponto, é possível, inclusive, ver mar dos dois lados da ilha….
Sempre a subir, até chegarmos ao miradouro da Vista de Rei, estamos a 650 metros de altitude e com uma panorâmica sobre a lagoa…
O cenário é lindíssimo; estamos no topo duma cratera vulcânica; a lagoa (ou melhor, as lagoas verde e azul) tem um perímetro de 12 kms, estando dividida, apenas, por uma ponte rodoviária…este é um dos muitos postais de apresentação dos Açores, e certamente, dos locais mais fotografados…
Descendo, existem mais miradouros…as duas próximas fotos evidenciam mais as diferenças de cores….aqui, o azul..
Aqui, o verde…
Ao fundo, a freguesia das sete cidades…
Já cá em baixo, mais uma paragem…a tranquilidade reina….
Atravessando a ponte,
Passagem pela freguesia das sete cidades….
Já devidamente almoçados, retomámos caminho, atravessando vales...
Sempre floridos…
Até chegar à costa, novamente; aqui, tudo é perto…ao fundo a vila de Mosteiros…
Estamos num dos pontos mais a oeste da ilha, no miradouro da ponta do escalvado, um bom local para ver o pôr do sol…no n/ caso, era mais nevoeiro…
O regresso deu-se pela costa sul, até Ponta Delgada, passando por algumas praias…de areia escura!....um pouco esquisito ao princípio (pela reacção dos miúdos)…:-))
LAGOA DE FOGO, CALDEIRA VELHA e RIBEIRA GRANDE.
O segundo dia de visita à ilha foi dedicado ao centro e norte, é só sair da cidade e o cenário repete-se…o verde da paisagem, o azul de fundo do mar e o “preto e branco” das vaquinhas!
Uma das características do arquipélago é o seu clima, o nevoeiro marca presença, quase diariamente, pelo que é normal, atravessar nuvens, principalmente, quando se sobe a quase 1000 metros de altitude!
No entanto, basta, muitas vezes, esperar alguns minutos para se dissiparem por completo…e ver a bela lagoa de fogo…
Do cimo do Pico do fogo, o cenário é completamente selvagem e inóspito, esta lagoa, fruto das constantes chuvas retidas nesta cratera, apresenta-se despida de qualquer vestígio humano…é respirar fundo e apreciar este cenário deslumbrante!
O serpentear da estrada a cortar o verde da montanha…
Descendo em direcção à Ribeira Grande (ao fundo), as cores mudam um pouco…
Mas pelo caminho, paragem na caldeira velha, monumento natural regional…
Um vale fértil e húmido, com uma furna activa…
E uma piscina natural de água quente…(confirmo!)… paramos durante algum tempo…
Depois, Ribeira Grande, a segunda maior cidade da ilha, com um belo areal escurinho…
Gostei da próxima foto, 3 azuis; o da piscina, o do mar e o do céu…aliás, a juntar às piscinas naturais, muitas piscinas ao ar livre…
O almoço foi no restaurante “Alabote”, com vista para o mar. Dois aspectos: Mais sotaque açoriano (tívemos alguma dificuldade em perceber a funcionária) e boa comida: neste caso, um polvo assado e espadarte grelhado…
Depois, uma visita à localidade…
Continuamos pela costa norte, em direcção a leste, parando aqui e ali (apetece parar a todo o momento!). Outro aspecto a realçar são os miradouros muito bem assinalados e de fácil localização…neste caso, descemos até um pequeno porto…que servia de zona balnear…
A água era muito apelativa….
Mesmo muito apelativa…olhando aos corajosos que saltavam lá de cima…
Mais à frente, o miradouro de Santa Iria…
Continuando, paramos na fábrica de chá “Gorreana”, os Açores têm as únicas plantações de chá da Europa…
A separação artesanal…
A história do chá na ilha…
PONTA DELGADA (JARDINS E CIDADE)
Este dia foi dedicado à cidade que nos acolheu – Ponta Delgada.
Começando pelos jardins, destaca-se o jardim António Borges e o jardim do Palácio do Governo regional (este não visitável), algumas fotos do primeiro…
Bananeiras…
De “volta” à cidade, esta caracteriza-se, nos seus edificios mais antigos e emblemáticos, por cores brancas e pedra escura (Basalto)…O ponto de partida: As portas da cidade.
Edifícios característicos…
Igrejas, muitas igrejas (por toda a ilha, aliás). O povo açoriano é muito devoto.
A igreja matriz..
Passeios de charrete…
Outro local para um belo passeio é a marina de Ponta Delgada…
Piscinas, claro!
Nesse dia, também visitamos as plantações de ananás…
Anoitecendo…
Nas portas do Mar (marginal), havia animação de rua…uns saltimbancos franceses muito divertidos!
NORDESTE DA ILHA
Uma das sugestões dadas no posto de turismo, era visitar o nordeste da ilha, efectuando a estrada costeira pelo norte; à saída, um grosso nevoeiro, pelo que só deu para parar no miradouro do Salto da Farinha…isto a meio da manhã!
Prosseguindo calmamente (como quem diz, parando nos miradouros), entre as localidades de Achada e Achadinha, existe um lugar de paragem obrigatória..…que classificaria de…fascinante! Esplêndido !..etc… trata-se da ribeira dos caldeirões, com uma belíssima cascata…
Podem reparar na altura da cascata, comparando com a “turista” (canto inferior esquerdo) que pousa na foto!!
Mais uma foto…
Uma panorâmica do vale…
Seguindo o percurso do rio, o vale oferece um cenário relaxante…
Lagos, levadas, cascatas…
Cores…
Lá custou sair daquele paraíso, mas o que viria à frente compensaria, já sem nevoeiro, outro miradouro (não me recordo do nome, afinal são tantos!), mais uma piscina, lá ao fundo...
Até que chegamos a vila de Nordeste, localidade pacata e muito florida!
Continuamos a contornar a ilha, passando pelo farol de Arnel…
Pelos miradouros da ponta do Sossego (onde será que vão buscar estes nomes!?...:-)) e a ponta da Madrugada (Madrugada, porque aqui vê-se o nascer do sol sobre o mar, estamos no ponto mais a leste da ilha)…um verdadeiro jardim, à beira mar…
A n/ decisão foi seguir sempre pela costa, mas é possivel atravessar o parque florestal da serra da tronqueira e subir até aos 1.100 metros de altitude do Pico da Vara (ponto mais alto da ilha) e ter uma vista sobre toda a costa este, bem como ver muitas cascatas, pelo caminho…
Antes de chegar a Povoação, mais uns miradouros…
Finalmente, Povoação (descoberta em 1432, pelos vistos) e a sua praia…
FURNAS
Pela diversidade que proporcionou, a visita a Furnas foi dos dias que mais gostamos! Neste caso, seguimos, pela costa sul, passando perto de Vila Franca do Campo e Lagoa, no caminho, o miradouro de Pisão..
Antes de chegar à lagoa das furnas, um campo de pasto…e seus respectivos “utentes”…
Depois, a lagoa…
Ao lado, as famosas caldeiras, onde são confeccionados os não menos famosos cozidos, aproveitando o calor da terra…na 3ª foto, vê-se um dos cozinhados…
A vila de Furnas oferece belos jardins públicos…
Arquitectura açoriana…
E claro, o cozido das caldeiras. De referir que a comida açoriana é, geralmente, mais condimentada; para além dos (bons) queijos, muita massa de pimentão!
Vale das furnas, com as suas fumarolas (caldeiras), lamas e águas medicinais, é atravessada por ribeiras, algumas delas de água quente. Possui mais de vinte nascentes termais, é só ver o fervilhar da água…
A única coisa desagradável: O intenso cheiro a enxofre!
Uma das principais atracções de Furnas é o parque Terra Nostra, um jardim botânico com mais de 2 séculos de vida. Um património ímpar, com árvores emblemáticas, provenientes dos quatro cantos do mundo, uma variedade de plantas endémicas, exóticas, de fetos, grutas, alamedas sombrias, lagos…etc…
Jardins com colecções das mais diversas flores…
Mas a principal atracção é uma piscina de água férrea quente! São cerca de 35º graus à disposição do visitante; a água apresenta uma cor castanha, mas uma temperatura irresistível, o problema é mesmo sair, depois de entrar…:-))
Para a despedida, subida ao miradouro do Pico do ferro, com vista para todo o vale das furnas…
VILA FRANCA DO CAMPO
situa-se na costa sul da ilha; tem um ilhéu que apresenta, no seu interior, uma piscina natural, de forma arredondada. È muito procurada pelos banhistas, contudo, a viagem é limitada a 400 pessoas/dia, de forma a não sobrecarregar o lhéu. Estavam esgotadas as viagens….
A vista desde o miradouro...
Os Açores são, de facto, um paraíso para os amantes da natureza; as paisagens, as lagoas, os vales, as cascatas, as montanhas verdes, a flora, o clima temperado e até as praias são um convite permanente à sua visita. A gastronomia, com destaque para os queijos, ananás, peixe, bolo lêvedo e queijadas, "alimenta" este turismo (ainda) sustentado. Até à próxima!
Mas que vos dizia eu, amigos meus??
ResponderEliminarQue a ilha de S. Miguel era um paraíso certo??
Gostei de saber que tal como eu adoraram as Furnas, e sim...eu também tal como vocÊs, fiquei com pena de não ir ao Ilhéu de Vila Franca...
Um pequeníssimo aparte: Devias ter destacado a Igreja do Senhor SAnto Cristo das demais..
Apesar de todas ser belas, aquela destaca-se das demais...
Obrigada por me fazerem recordar a melhor viagem da minha vida.
Beijinhos
Sim senhor!
ResponderEliminarTuristas exploradores dos recantos encantados de São Miguel. ;-)
Uma já está. Eigth to go!...
Abraço,